quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Desenho Hip Hop Animado!


Dia 21 de setembro (sexta-feira) estréia no Cartoon Network (TV a cabo) o programa "Batalha - A Guera do Vinil". Trata-se de uma animação "stop motion" produzida por brasileiros. A história se desenrola em uma favela de São Paulo, onde acontece uma batalha entre DJ Air e DJ Black Jahmantha. Quem apresenta a festa é Thaíde.

Mais de 40 profissionais, comandados por Marcio Greco (Diretor de Fotografia), tiraram mais de 10.000 fotos, construíram 28 personagens em massa e 3 cenários, um deles uma favela com mais de 300 barracos! Vale a pena conferir, pra quem tem acesso a TV a cabo. Para quem não tem resta aguardar para ver se a TV aberta compra os direitos e exibe. A conferir, com muito mais detalhes muito em breve, é lógico... Estréia dia 21 de setembro, às 00:00 hs.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Fique Rico ou Morra Tentando!

Assisti recentemente ao filme do 50 Cent Get Rich or Die Tryin' (Fique rico ou Morra Tentando). Todos que me conhecem sabem que o "50 centavos" definitivamente não é meu rapper predileto - apesar de eu admitir que 2 ou 3 musicas suas são legais, mas é só isso e não passa disso... Não é que me surpreendi ao assistir ao filme!

O 50 Cent é o estereótipo perfeito do que se tornou o gangsta rap nos EUA...

Certa vez o Ice T (aquele mesmo, de Law and Order - Lei e Ordem - e da musica Collor´s) deu uma entrevista a MTV brasileira e afirmou para Mano Brown, diante do Capão Redondo, que um Gangsta Rapper "nada mais era do que um rapper que canta denunciando os problemas vividos por sua comunidade, que faz algo ou luta por sua comunidade...", isto para ninguém menos que ele, o criador do termo, o pai da matéria ao lado do NWA, do CMW, do SCC, e etc. O grande problema é que, com o passar dos anos, "Gangsta Rap" virou sinônimo de apologia ao crime. A palavra perdeu o seu significado original. Por razões óbvias: vende mais, causa polêmica, chama atenção...

O filme do 50 Cent faz referências a sua vida pessoal. E sua vida pessoal é um exemplo, não um exemplo a ser seguido, mas um exemplo do que é de fato o universo da criminalidade, sem o glamour dos videoclipes ou dos filmes norte-americanos. É, porque os críticos mais duros do gangsta rap são aqueles mesmos que assistem aos filmes americanos de hollywood e vibram com a carneficina, se emocionam com os tiros e tudo mais...

Claro que o filme não é transposto da mesma forma como na vida real. O que é bom, diga-se de passagem... O diretor Jim Sheridan e o roteirista Terence Winter souberam montar um roteiro que chega a emocionar. Um bom filme. Uma boa história de um ladrão que tentou se regenerar (dentro de suas limitações...) através do rap, algo mais comum do que se imagina. Vide o exemplo do Sabotage, rapper brasileiro cuja história não teve um final com o glamour de hollywood, mas que também daria um bom filme, com certeza, até melhor que o do 50...

Olhando para o 50 Cent dentro do contexto em que ele surgiu, é possível entender seus caminhos, e até de repente absolvê-lo. Fica fácil, através do filme, perceber que o buraco é muito mais embaixo, e que muitas "lideranças" do próprio movimento negro norte americano fazem o jogo do opressor através da maneira como criticam o rap. O Gangsta Rap, como atitude política, perdeu muito espaço para o Gangsta Rap Enlatado produzido atualmente em larga escala nos EUA. O problema é que o Gangsta Rap Enlatado é somente um sintoma de uma doença muito maior e avaçaladora. A verdade é que o 50 Cent é um produto da sociedade capitalista de consumo desenfreado e de individualismo norte-americana. Os americanos merecem o 50 Cent! E merecem o "Gangsta Rap Enlatado" (ou pseudo Gangsta), que é um dos tipos de rap mais consumidos, se não o maior de todos...

Talvez o mundo todo também mereça...

domingo, 2 de setembro de 2007

Estamos fora mais uma vez...


Após uma campanha extremamente conturbada, mais uma vez ficamos de fora de mais uma Olimpiada. É claro que ainda tem o pré-Olimpico mundial, mais lá a coisa vai ser muito mais difícil. Se não conseguimos nem vencer o time B da Argentina... 91 a 80 foi o placar.
A equipe brasileira, sem organização tática, com um grupo desunido, com uma Comissão Técnica que é uma piada, com dirigentes que se esforçam ao máximo para levar nosso basquete tupiniquim ao fundo do poço... E tem conseguido, diga-se de passagem. Faltou padrão de jogo, faltou amor a camisa, faltou substituir na hora certa, faltou pulso firme para orientar o grupo, faltou muita coisa...
Uma geração que é muito boa, porém não treinou, não se preparou...
Fora Grego! Fora Lula!
Para saber mais: http://www.rebote.org/ (um bom site de debates, confira!)