domingo, 31 de agosto de 2008

DoggPound Gangsta Inc. presents... Daz Dillinger

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Saiu o mais novo cd do Daz Dillinger, membro do Dogg Pound ao lado de Kurupt, entitulado "Only On The Left Side". Muito bom, por sinal. A faixa 1, "Squeeze", lembra o Daz solo dos melhores tempos, abrindo o play em grande estilo.

Gostei muito da faixa com o Snoop chamada "Me And My Cuzzin' ", a melhor, disparada... O refrão é muito louco. Veio bem na linha dos últimos trabalhos do Snoop.

"Do Yo Thang" é uma pancada, com um baixão pesado, atabaques e uns moogs de fundo, com uma flauta bem sinistra, perfeita. DPG Muthafucka!!! Algo nela me lembra os bons tempos do Erick B e Rakim...

E como não podia faltar, Kurupt aparece na última faixa, chamada "Thiz How We Live", um G Funk. Vale para matar a saudade do Tha Dogg Pound clássico. Em grandíssimo estilo, diga-se de passagem.

"Meal Ticket", com Krayzie Bone, tem uns tecladões bem na linha do próprio Bone, bem legal. Gostei também de "Dip Drop Stop Dip" (Feat. Keak Da Sneak), de "Regretz" (Feat. Tyrese And Nicole Wray) e de "Who I Be".

Vale o download no (sempre ele...) Lôko do Cerrado.

O CD é todo bem na linha do "Tha Nigga" Daz. Posso afirmar categoricamente que ele não pisou fora da faixa nenhuma vez, coisa rara hoje em dia, quem curte um Gangsta tá ligado, o momento não é dos melhores... Não curti muito o "Raw Footage" do Ice Cube (novo), por exemplo, com exceção para a ótima "Stand Tall" (também disponível no Blog do Lôko). O álbum do Daz é bem equilibrado, os samplers bem escolhidos. Os backing vocals dos refrões são bem variados, todos em perfeita sintonia, alta qualidade. Muito bem dosado entre as pesadonas, os G-funkões e umas baladas.

Meu fim de semana foi mais feliz depois dessa surpresa agradável!

Pena que eu tô sem tape no carro...

quarta-feira, 27 de agosto de 2008

1ª Bienal Internacional de Graffiti de Belo Horizonte

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Belo Horizonte vai sediar, entre os dias 30 de agosto e 7 de setem-bro, a 1ª Bienal Internacional de Graffiti de Belo Horizonte (informações e programação aqui). O evento terá exposições, seminários e intervenções nas ruas da cidade. A idéia é discutir o grafite no cenário artístico atual. O artista plástico e grafiteiro Rui Santana será o curador do evento, junto com Binho Ribeiro, Thereza Portes, Piero Bagnariol, Sara Carvalho e Geraldir Bernardilho. A entrada será gratuíta.


A bienal exporá o trabalho de grafiteiros de São Paulo, Belo Horizonte, do Rio de Janeiro, Recife, além de representantes de outros países, como África do Sul, Chile, Nova Zelândia, Porto Rico, Holanda, EUA, Europa e Japão. A programação terá quatro exposições, seminários com grafiteiros e estudiosos, intervenções nas ruas da cidade e uma programação musical com grupos e DJs. Haverão performances de videoarte.


Considerando que minhas postagens sobre graffiti geraram um grande número de comentários e e-mails no Blog, tentarei manter o tema sempre bem atualizado por aqui!

Na sequência, de cima para baixo, os graffites foram feitos por: Galo de Souza (PE), Dninja (MG) e Trampo (RS).
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Entre os grupos que se apresentarão está o Negras Ativas, da Larissa Borges, velha conhecida nossa aqui em Campinas (ela já esteve aqui) e de tantos fóruns de hip hop da vida. Elas são de BH mesmo e o grupo é formado por mulheres.

terça-feira, 26 de agosto de 2008

26 de Agosto - Aniversário

Hoje o nosso Blog do Elemento completa 2 anos de atividade, com muito orgulho, tendo alcançado milhares de acessos em seu contador. Foram 7668 acessos até aqui!!! Quando começamos não fazíamos idéia de onde chegaríamos. No transcorrer deste ano aumentamos o número de postagens (em média 5 por mês!) e definimos um padrão de trabalho, com assuntos variados que envolvam hip hop diretamente ou indiretamente estando relacionado de alguma forma. Agradeço a todos aqueles que pretigiaram até agora, com o compromisso de continuar me aperfeiçoando sempre, buscando sempre informar o movimento e fortalecer a cultura hip hop!!!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Alguém Duvidava?


Até que Argentina e Espanha deram trabalho. Estão de parabéns. Mas os EUA, quando levam uma competição da FIBA a sério...

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Morre Isaac Hayes


Morreu no domingo (10 de agosto de 2008), nos EUA (Menphis - Tennesse), aquele que talvez seja a maior influência para o surgimento do rap como um estilo de música. Sem Isaac Hayes, o rap provavelmente não seria o rap, ele seria uma outra coisa...

Aos 65 anos, o cantor foi encontrado inconsciente pela sua esposa, próximo a uma esteira ergométrica. Os paramédicos não conseguiram evitar o pior no caminho para o hospital. Ainda atônitos com a morte repentina e absurda de duas importantes figuras do rap de Campinas (Alex F, do Sistema Negro, e o parceiro Careca, o Killaman), eis que somos surpreendidos com mais uma baixa em nossas fileiras. Será o fim de uma era?


Hayes fez sucesso na gravadora Stax, que seguia a mesma linha da Motown e disputava espaço com ela na época, com o álbum "Hot Buttered Soul", o disco épico em que ele exibe sua clássica careca na capa. São 4 faixas apenas, de longa duração, onde ele "(sic) se preocupa mais com a arte em si do que com as vendas", segundo suas próprias palavras. E vendeu mais de 1 milhão de cópias, ironicamente, contrariando toda a lógica do mercado fonográfico.

O cantor conheceu a consagração definitiva ao ganhar um Oscar com a música do filme Shaft - "Theme from Shaft", de Gordon Parks. Ele foi o primeiro músico negro a alcançar tal feito. Sua performance na cerimônia do Oscar, pilotando um piano flutuante e vestindo uma espécie de camiseta feita de correntes, causou tanto impacto quanto a música. Com a mesma música, aliás, ele ganhou também um Grammy. Já os entendidos de soul music, entre eles muitos rapper's, preferem "Walk on By". Os climas de suas composições são inconfundíveis, entre guitarras wah-wah, metais, canto falado e viagens psicodélicas.

Em 2000, Hayes atuou na refilmagem de Shaft, com direção de John Singleton e ao lado de Samuel L. Jackson. O filme fez parte de um movimento que colocou os negros na posição de protagonistas pela primeira vez no cinema norte-americano: o "blaxploitation". Isso em meio ao movimento por direitos civis. Outros filmes, como Dead President's e Kill Bill, utilizaram suas músicas em trilhas sonoras.

Hayes, aos cinco anos, já cantava em um coral da Igreja. Aprendeu sozinho a tocar órgão, piano e saxofone. Seu estilo é definido por muitos como um "soul sinfônico". Ele inovou, ao cantar com seu vozeirão, num tom abaixo daquele que os soul man's de sua geração cantavam. Suas músicas seguiam um padrão não-comercial, muitas vezes com mais de 10 minutos de duração e instrumentalmente muito ricas, com arranjos sofisticados.

Os mais novos conheceram Hayes pela dublagem do personagem Chef do desenho animado "South Park". Ele participou do desenho de 1997 a 2003, quando saiu em protesto após a série zombar da "cientologia", seita da qual o cantor faz parte, junto com Tom Cruise e outros.

Em 2001 ele produziu o álbum de estréia de Alícia Keys, "Songs In a Mirror", que revelou a cantora de R&B. Já foi homenageado por diversos grupos de rap, em sampler’s que vão do CMW ao Wu-Tan Clan. Em 2002 ele ganhou uma estrela no Hall of Fame.