sábado, 29 de março de 2008

Efeito Moral

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Esta é a rapaziada do Efeito Moral, grupo das antigas, em sua formação atual. Em baixo: DJ W Break e DJ G-Lão; Em cima: Fugitivo e Viela 7, vocalistas. Acima, sobre a foto, está disponível um som pra quem quiser ouvir: é só apertar o play!
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Uma das curiosidades do Efeito Moral é o fato, raro no Rap Nacional, de o grupo contar com dois DJ's. A levada, bem característica dos grupos de Campinas que tem como referência o Gangsta Rap, é uma marca registrada do grupo.
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Pra quem não sabe, Kid Nice e W Sigilo, ambos Sistema Negro atualmente, participaram de uma das formações do Efeito Moral, que na época também contava com o Caçula (isso bem lá atrás, tempos de Nifama). O remanecente daquela formação é o Fugitivo.
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No My Space do grupo (http://www.myspace.com/wbreak) existem duas musicas disponibilizadas: "Não Faça da sua Arma o seu Troféu" e "Mar de Sangue". Para baixar de lá é preciso ter registro no My Space e estar logado. Para baixar no RapidShare, o link é este: Clique aqui! Na página que se abrirá, clique em Free, digite o código e tá firmeza!!!
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Entre a Luz e a Sombra

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Após a estréia de "Entre a Luz e a Sombra" no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, em novembro de 2007, chegou a vez do Brasil assisti-lo. A 1ª exibição pública nacional no 13º Festival Internacional de Documentários É Tudo Verdade acontecerá em São Paulo e no Rio de Janeiro. Informações no site do festival: É Tudo Verdade (Clique Aqui). A entrada é franca.

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O filme foi gravado entre 2000 e 2007, mostrando a vida de Dexter e Afro X, do grupo de rap 509-E, além da atriz Sophia Bisilliat, que coordenava um projeto de teatro para os detentos do Carandiru. O romance entre Sophia e Dexter e a carreira do 509-E estão o foco principal do documentário, que explora as contradições que surgiram a partir destes fatos, a violência, a natureza humana e outras questões, segundo informa a sinopse e a divulgação. Haverá também um debate sobre segurança pública, conforme panfleto abaixo.
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O 509-E é um grupo conceituado e respeitado no meio do Hip Hop. Em especial o rapper Dexter. Já Afro X, depois do polêmico namoro com a Simony e uma exposição na mídia meio desprovida de critérios, está na berlinda já há algum tempo.
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Clique na imagem abaixo e confira a programação:


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sábado, 15 de março de 2008

Lebron & Gisele





O jogador de basquete Lebron James, na minha opinião o principal destaque da NBA atualmente - mais até do que o fantástico Kobe Bryant - estará estampando a capa da próxima Vogue americana ao lado da modelo brasileira Gisele Bundchen. Ambos foram considerados pela revista como exemplos de perfeição física. A revista Vogue tem 116 anos e neste tempo todo apenas dois homens, antes de Lebron, estiveram na capa: George Clooney e Richard Gere. "Apesar de muito alto, ele não fez com que eu me sentisse pequena. Acho que minha perna é do tamanho do sapato dele", afirmou Gisele. Já Lebron disse que "ela é muito divertida e é por isso que é a melhor. Ela se diverte enquanto trabalha".



Lebron James se tornou este ano o jogador mais novo, com apenas 23 anos, a atingir a marca de 10.000 pontos na NBA. Ele possui a incrível média de 30,9 pontos por jogo, pesando 113,4 Kg e medindo 2,03 m. São 8,1 rebotes e 7,4 assistências de média, por jogo...



Confira uma comparação entre Lebron James (Cleveland Cavaliers, a mesma franquia do carismático brasileiro Anderson Varejão) e Kobe Bryant (Los Angeles Lakers), disponível em http://www.nba.com/, na seção Players:




PS: E lá vamos nós, rumo a 3.000 acessos!!!!!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Snoop Dogg - Ego Trippin


Pra quem ainda vive da nostalgia da fase "Murder Was the Case", ouvir um disco novo do Snoop gera sempre uma frustração. A verdade é uma só, nua e crua: não haverá outro álbum como o clássico Doggystyle, nem as velhas e boas obras primas na produção de Dr. Dre...

Por outro lado, depois de alguns desacertos (como a passagem pela No Limit Records), Snoop conseguiu superar as espectativas e se firmar, mesmo sem a parceria com o velho Dre. Este álbum, recentemente lançado lá fora, segue a linha assumida com sucesso no Paid tha Cost to Be da Bo$$, revivida em Blue Carpet Treatment e R & G, com a ausência (sentida) de Pharrell. Snoop optou pela popularidade, é verdade. E se mantêm como um dos poucos rapper's da antiga na West Coast a venderem cd's como nos bons tempos da "Gangsta Golden Age". Azar dos gangsteiros de plantão (como eu...) e sorte da nova geração que ouve 50 Cent e The Game, mas que também ouvirá Snoop. Quem sabe um dia eles ouvirão também o Brotha Lynch Hung...

Queixas de lado, mesmo no estilo R & G, algumas faixas são interessantes. Gostei de Press Play (com The Meters no sample), Sets Up (a menos melosa), A Word Witchya! (a introdução), Deez Hollywood Nights, Can't Say Goodbye (ft. Charlie Wilson) e Those Gurls, esta última, bem louca, a melhor na minha opinião, estará acima deste post, para quem quiser conferir, durante esta semana. Aperte o play e ouça!

Para quem quiser o álbum para a coleção, indico o Blog do parceiro $teel: http://www.lokodocerrado.blogspot.com/

domingo, 2 de março de 2008

Power to the People!






A encruzilhada Democrata...

Com a impopularidade de Bush em função de diversos fatores – entre eles, o principal, a questão da guerra no Oriente Médio – o Partido Republicano se apresenta com dificuldades para a próxima eleição presidencial nos EUA. Já entre os Democratas, dois personagens se destacam nas primárias que decidem quem será o candidato da legenda: Hilary Clinton e Barak Obama. O segundo, Obama, ganhou fôlego e abriu vantagem nos últimos momentos. Obama repercute, com sua candidatura, a possibilidade de um negro assumir o controle da Casa Branca. Hilary, por sua vez, acena com a possibilidade de uma mulher no controle, o que também seria um fato novo.

O exemplo do Pelé, no Brasil, é um ótimo paralelo que pode simbolizar o drama que o movimento negro norte-americano vive com estas eleições. Pelé, como cidadão, deixou a desejar em diversos momentos, como quando não assumiu a paternidade de sua filha. Como negro, nunca usou de seu prestígio para contribuir com o movimento negro de alguma forma ou atacar o racismo de nossa sociedade. Por outro lado, quem conhece a história do futebol no Brasil sabe como os clubes eram racistas no passado. O próprio Pelé foi recusado pelo Corinthians pela cor de sua pele, antes de jogar no Santos. Pelé, mesmo que involuntariamente, ajudou a quebrar estigmas e fortaleceu a auto-estima dos negros no Brasil através de seus feitos dentro de campo, e isto não pode ser ignorado. Uma coisa é o papel histórico que ele cumpriu dentro de campo, outra coisa é a sua inclinação política pessoal conservadora fora de campo. Reconhecer a posição histórica do Pelé é uma coisa. Votar nele para presidente da República seria outra coisa, bem diferente...

A candidatura de Obama coloca o movimento negro numa situação tênue: sua vitória pode sim fortalecer a luta contra o racismo em um certo aspecto, de forma pontual. Mas, se fizermos a conta inteira, o saldo tende a ser extremamente negativo. Quem cresceu tendo como referência as loiras dos programas infantis, e vendo na TV um único negro inserido (o Mussum, bêbado e falando errado...) que mais fortalecia o estereótipo racista do que qualquer outra coisa, sabe a importância destas referências para a auto-estima, para a imagem socialmente construída a respeito dos negros. Por outro lado, sabemos que do ponto de vista da luta de classes, Democratas e Republicanos são farinha do mesmo saco, com nuances diferentes apenas. Mais do que isto, ver um negro presidindo os EUA - algo que já foi representado em filmes hollywoodianos e que já foi tema de letras do Public Enemy – pode ter um custo muito caro para os próprios negros se considerarmos o que Obama representa em termos políticos.

O discurso dos que afirmam que o racismo já está superado se fortalece com a eleição de Obama, pois será reforçado pela idéia de que “os EUA são tão democráticos que até elegeram um negro presidente”. Não faz sentido para os negros norte-americanos elegerem um negro que não defenda uma política de superação das desigualdades raciais. Pelo contrário, Obama representa os setores da sociedade norte-americana que historicamente oprimiram e exploraram os negros. O exemplo do negro “bem sucedido”, em parte, quebra estereótipos, mas, também em parte, fortalece o discurso hipócrita e demagógico da democracia racial. Como Obama vai se posicionar em relação à África, por exemplo? Como uma continuidade da política anteriormente aplicada por democratas e republicanos, semeando a discórdia e fornecendo armamento para que os africanos se matem?

Cynthia McKinney: Poder para o Povo

É em meio a confusão política que se instalou nos EUA que figuras como Steve Wonder declararam apoio publicamente a Obama. Por outro lado, o jornalista negro e Black Panther Mumia Abu-Jamal (para saber mais, clique aqui) e o cineasta Michael Moore saíram em defesa de uma candidata que não é citada no noticiário. Mumia afirmou, em texto recente escrito na prisão: “Não importa o que aconteça em breve ou continue acontecendo nos meios de comunicação, referindo-se a comitês eleitorais nos Estados Unidos. Não importa quem esses meios de comunicação irão apresentar como grandes "favoritos" a presidência, pelos Democratas e Republicanos, pois justiça e integridade nunca podem emanar de um sistema intrinsecamente injusto, amoral e hipócrita, como dos EUA. Além do mais, quando vemos os candidatos destes partidos, incluindo a candidatura de Barack Obama, lembramo-nos de um velho provérbio africano: ‘Cuidado com o homem nu que te oferece vestimentas’.” (clique aqui)

Cynthia McKinney está disputando a legenda do Partido Verde norte-americano, completamente ignorada pela mídia. Ela é o expoente máximo de uma Coalisão chamada Power to the Peple (Poder para o Povo). Em 2007, Cynthia foi co-presidenta na organização do Tribunal Internacional Sobre o Furacão Katrina, que concluiu pela condenação de Democratas e Republicanos como “responsáveis por crime contra a humanidade”, e pela cobrança de “apoio ao direito ao retorno” dos sobreviventes, “reparações pelas perdas” e “projeto público federal massivo de recuperação”.

Outro ponto em que a candidatura de Cynthia se destaca é a questão da guerra. Ela foi contra desde o primeiro momento: “Bush diz que valoriza a democracia, quando na realidade a despreza. A guerra é a única opção para aqueles que querem roubar os recursos naturais dos outros”, afirmou Cynthia.