Assisti recentemente ao filme do 50 Cent Get Rich or Die Tryin' (Fique rico ou Morra Tentando). Todos que me conhecem sabem que o "50 centavos" definitivamente não é meu rapper predileto - apesar de eu admitir que 2 ou 3 musicas suas são legais, mas é só isso e não passa disso... Não é que me surpreendi ao assistir ao filme!
O 50 Cent é o estereótipo perfeito do que se tornou o gangsta rap nos EUA...
Certa vez o Ice T (aquele mesmo, de Law and Order - Lei e Ordem - e da musica Collor´s) deu uma entrevista a MTV brasileira e afirmou para Mano Brown, diante do Capão Redondo, que um Gangsta Rapper "nada mais era do que um rapper que canta denunciando os problemas vividos por sua comunidade, que faz algo ou luta por sua comunidade...", isto para ninguém menos que ele, o criador do termo, o pai da matéria ao lado do NWA, do CMW, do SCC, e etc. O grande problema é que, com o passar dos anos, "Gangsta Rap" virou sinônimo de apologia ao crime. A palavra perdeu o seu significado original. Por razões óbvias: vende mais, causa polêmica, chama atenção...
O filme do 50 Cent faz referências a sua vida pessoal. E sua vida pessoal é um exemplo, não um exemplo a ser seguido, mas um exemplo do que é de fato o universo da criminalidade, sem o glamour dos videoclipes ou dos filmes norte-americanos. É, porque os críticos mais duros do gangsta rap são aqueles mesmos que assistem aos filmes americanos de hollywood e vibram com a carneficina, se emocionam com os tiros e tudo mais...
O 50 Cent é o estereótipo perfeito do que se tornou o gangsta rap nos EUA...
Certa vez o Ice T (aquele mesmo, de Law and Order - Lei e Ordem - e da musica Collor´s) deu uma entrevista a MTV brasileira e afirmou para Mano Brown, diante do Capão Redondo, que um Gangsta Rapper "nada mais era do que um rapper que canta denunciando os problemas vividos por sua comunidade, que faz algo ou luta por sua comunidade...", isto para ninguém menos que ele, o criador do termo, o pai da matéria ao lado do NWA, do CMW, do SCC, e etc. O grande problema é que, com o passar dos anos, "Gangsta Rap" virou sinônimo de apologia ao crime. A palavra perdeu o seu significado original. Por razões óbvias: vende mais, causa polêmica, chama atenção...
O filme do 50 Cent faz referências a sua vida pessoal. E sua vida pessoal é um exemplo, não um exemplo a ser seguido, mas um exemplo do que é de fato o universo da criminalidade, sem o glamour dos videoclipes ou dos filmes norte-americanos. É, porque os críticos mais duros do gangsta rap são aqueles mesmos que assistem aos filmes americanos de hollywood e vibram com a carneficina, se emocionam com os tiros e tudo mais...
Claro que o filme não é transposto da mesma forma como na vida real. O que é bom, diga-se de passagem... O diretor Jim Sheridan e o roteirista Terence Winter souberam montar um roteiro que chega a emocionar. Um bom filme. Uma boa história de um ladrão que tentou se regenerar (dentro de suas limitações...) através do rap, algo mais comum do que se imagina. Vide o exemplo do Sabotage, rapper brasileiro cuja história não teve um final com o glamour de hollywood, mas que também daria um bom filme, com certeza, até melhor que o do 50...
Olhando para o 50 Cent dentro do contexto em que ele surgiu, é possível entender seus caminhos, e até de repente absolvê-lo. Fica fácil, através do filme, perceber que o buraco é muito mais embaixo, e que muitas "lideranças" do próprio movimento negro norte americano fazem o jogo do opressor através da maneira como criticam o rap. O Gangsta Rap, como atitude política, perdeu muito espaço para o Gangsta Rap Enlatado produzido atualmente em larga escala nos EUA. O problema é que o Gangsta Rap Enlatado é somente um sintoma de uma doença muito maior e avaçaladora. A verdade é que o 50 Cent é um produto da sociedade capitalista de consumo desenfreado e de individualismo norte-americana. Os americanos merecem o 50 Cent! E merecem o "Gangsta Rap Enlatado" (ou pseudo Gangsta), que é um dos tipos de rap mais consumidos, se não o maior de todos...
Talvez o mundo todo também mereça...
3 comentários:
É irmão, eu tmb não gosto nem um pouco do 50 cent, porém vi o filme e achei muito bom. A história de vida do cara é interessante, e como você mesmo disse é até comovente, pena que com o decorrer do tempo o cara estragou tudo. O cara quer ser o novo 2pac, ou melhor, quer ser mais que ele, só que o cara não tem alma, tá vendido, pelo menos pra nós, só que lá nos EUA ele é astro, a musica que ele faz é vista como ótima, sinal que as coisas mudaram muito por lá (e já não é de hoje). É lamentável, mas é isso ae. Eu defino 50 cent como um cara que pra ficar rico foi capaz até de se prostituir musicalmente e ajudou muito a se ter essa imagem atual do rap gringo de banalização das coisas inúteis. Fazer o que né. Fique rico ou morra tentando! Mas eu ainda prefiro morrer com dignidade.
bacana seu blog. só de ter textos que não carregam nas gírias e que qualquer um pode ler e entender já vale a visita.
tipo assim: o rap não é mais do gueto, virou coisa universal [pelo menos pra mim]. só não vale é se bandear para 50 centavos e alguns outros tantos que, ao mostrarem o som pro grande público, dão outro sentido para o rap [que já virou hip hop para uns tantos...]
é isso aí chapa!
abraço,
Carlos
vocês são umas bostas memsuh sbiia o cra é show canta bem pla caranba vo6 são uns merdas memsuh !
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