quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Revolta da Chibata












Mestre-Sala dos Mares
(João Bosco e Aldir Blanc)

Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar apareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao acenar pelo mar, na alegria das regatas
Foi saudado no porto
Pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas

Rubras cascatas
Jorravam das costas dos negros
Entre cantos e chibatas
Inundando o coração
Do pessoal do porão
Que a exemplo do marinheiro gritava, então:

Glória aos piratas, às mulatas, às sereias,
Glória à farofa, à cachaça, às baleias,
Glória a todas as lutas inglórias
Que através da nossa história
Não esqueceram jamais...

Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais

(Mas, salve...)
Salve o almirante negro
Que tem por monumento
As pedras pisadas do cais

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